Jornais Financial Times e Wall Street Journal elogiam Marina Silva

on sexta-feira, 12 de setembro de 2014


"Em notícia publicada nesta quarta-feira, o Wall Street Journal destacou a atuação de Marina Silva em seu primeiro debate na televisão, classificando-a como forte tendo entrado há apenas uma semana na disputa presidencial. Segundo o Wall Street, em seu discurso, Marina atacou a falta de respostas de Dilma Roussef aos protestos do ano passado, que pediam melhores serviços públicos. Marina também criticou Aécio Neves do PSDB, por sua atuação na educação do estado de Minas Gerais enquanto foi governador.

Segundo o jornal americano, Marina foi alvo de perguntas dos outros seis candidatos que participavam do debate, mas fez do momento uma oportunidade para falar do seu desejo de um governo mais inclusivo com a melhora da educação, segurança pública e saúde.

Em entrevista para o Wall Street, David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília disse que o desempenho de Marina dissipou qualquer dúvida de que falta fôlego para concorrer ao cargo de presidente. “Marina foi o único candidato a apresentar propostas de seu futuro governo. A onda está aqui para ficar”, afirmou Fleischer ao jornal.

Além disso, segundo o Wall Street, o mercado tem reagido positivamente à candidatura de Marina. O índice de ações da Ibovespa subiu 0,7% no final da manhã de quarta-feira e o real foi negociado a US$2,26. Segundo o jornal, os investidores estão otimistas de que a economia do Brasil estaria em melhores mãos sob o comando ou de Marina ou de Aécio. O mercado de ações cresce, segundo o Wall Street, quando o apoio ao governo de Dilma oscila, cujas políticas têm sido criticadas por alimentar a inflação e prejudicar a competitividade do Brasil.

O debate desta terça-feira aconteceu apenas algumas horas depois da pesquisa, realizada pelo ibope, comparar as intenções de voto de Marina e Dilma. Os dados mostram que, em um possível segundo turno, Marina venceria Dilma com 45% dos votos, enquanto a atual presidente teria 36%.

No entanto, Dilma ainda lidera a pesquisa na primeira rodada de votação com 34% dos votos, contra 29% de Marina e 19% de Aécio.  Mesmo com esses dados, é quase certo que haja um segundo turno nessas eleições.

Apesar de Marina Silva estar passando por uma boa fase, alguns analistas afirmam que ainda é cedo para dizer que ela venceria as eleições. Marina tem mostrado uma grande capacidade de atingir um amplo espectro de eleitores, mas ainda não está claro se algumas posições conservadoras podem afastar parte do eleitorado jovem, que tem reforçado sua campanha. "Precisamos ver como Marina vai absorver a onda e de críticas de todos os outros candidatos e também como ela, que é uma pessoa muito conservadora e religiosa, irá responder essas perguntas sobre a sua posição a questões como o aborto e legalização das drogas”, disse Mauro Paulino, diretor do instituto de pesquisas Datafolha, para o Wall Street.


Segundo o Jornal o Ibope é a segunda pesquisa em que Marina, que só candidatou oficialmente no dia 20 de agosto, aparece à frente de Dilma. Seu companheiro de chapa, Eduardo Campos, que faleceu em um acidente de avião, não conseguiu ganhar força entre os eleitores, ao contrário de Marina, que agora aparece no topo das pesquisas. Além disso, o jornal destaca que o debate de terça-feira foi o primeiro de pelo menos outros quatro, até o primeiro turno das eleições em cinco de outubro."

Fonte: Jornal do Brasil, edição de Sexta-Feira, dia 12 de Setembro de 2014

Saiu no Wall Street Journal também...

"Os investidores estão acumulando ações brasileiras seguindo apenas uma regra simples: Quanto mais a presidente Dilma Rousseff cai nas pesquisas, mais os preços das ações sobem... 

Alguns investidores que haviam saído da maior economia da América do Sul, notaram essa transição."Nós compramos ações de empresas que particularmente não nos agradam porque elas estão muito baratas e mal administradas" diz Michel Reynal, gerente de portfolio da RS Investiments, que administra cerca de 25 bilhões. "Se houver qualquer mudança de governo, isso mudaria."

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