Área de mata nativa desmatada para corte da madeira,(Foto: Polícia Civil/Divulgação)
"A máquina de terraplanagem é o emblema da modernidade. Com sua enorme pá, ela suprime a vegetação, os prédios velhos, árvores consideradas verdadeiros tesouros, paisagens para guardar na memória, deixando aberta uma vastidão para o desenvolvimento. A máquina de terraplanagem cria um reinício, um novo projeto, sem respeitar o que o ocupa o lugar anterior ao desenvolvimento, sem se engajar em sinergia ou parceria com o anterior, mas destruindo o que aí estava, no preparo para o que ainda está por vir.
A filosofia moderna partiu do equivalente da máquina de terraplanagem. Francis Bacon achava que não tínhamos nada para aproveitar do passado e René Descartes alegava que "fechara os olhos e tapara os ouvidos" para se concentrar na dedução do que se podia saber com certeza a partir do mínimo imaginável, o famoso cogito."
Texto de Andrew Brennan no prefácio do meu livro "Em busca da Dimensão Ética da Educação Ambiental"
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